domingo, 2 de outubro de 2011

capitulo 3

 fiz cara feia, enquanto ajudava meu irmão a escolher a roupa, depois fui saindo pela porta..quando cheguei a escada minha mãe falou: 
-filha vamos logo...minha nossa .como voce esta bonita!como sempre so que deveria ter escolhido uma mais bonita ainda voce tem tantos! filha custava se arrumar um pouquinho mais?
baixei o olhar e disse:
-desculpa mae! mas eu nao queria outra roupa esta ja ta boa de mais!-afirmei com aspereza enquanto descia as escadas ate a porta que levava ao jardim.
quando cheguei a baixo e abri a porta vi a enorme mesa e arfei com raiva. minha nossa ! seja la quem fosse a visita nao sei se ela ficaria feliz ou se ficaria igual a mim com tanto exagero. fui ate o lago e sentei numa espreguiçadeira que la tinha e observei o lago imaginando como seria o mundo la fora, longe de toda a riqueza, de todo o requinte e todas as coisas q me cercavam .
de repente acordei dos meus pensamentos ao ver meu pai gritando por mim a ponto de perder a garganta. minha nossa sera que eu apaguei tanto assim?meus sonhos chegariam aos ouvidos deles e eles me trancariam numa masmorra mesmo que fosse chique pra nunca mais pensar essas coisas?.
tudo me preocupava ate mesmo o fato de que meu pai estava desesperado por causa  da tal visita deveria estar com fome... affs!.. e eu aqui sentada.gritei de volta:
-ja vouu !. e sai em passos largos ate a mesa.
 ao chegar la, nem acreditei no que via..vasos de rosas espalhadas pela mesa coberta por uma toalha de renda cor de creme, e num dos sofás abaixo das arvores, estava um rapaz, de físico médio nao  muito forte e tinha os cabelos muito bem arrumadinhos quase como se tivesse sido pregado a sua  cabeça eram loiros medio e tinha olhos verdes limão e sua pele clara que ao toque do sol parecia refletir os raios de sol através dela como  se fosse uma seda . suas roupas eram formais mas mesmo assim as cores em tom branco e lilas  claro ajudavam a deixar claro que ele queria esta no clima de verão.
   me aproximava de vagar da mesa quando de repente minha mae chegou perto de mim e me puxou ate onde o rapaz estava.E disse com ar de ironia :
  - meu deus filha! tenha educaçao e diga pelo menos oi a nossa visita. ela olho pra ele sorrindo meio fraco,  como se estivesse se desculpando por algo.. depois voltou a me olhar com aquele olhar meio de lado e ameaçador como se fosse me bater por algo que eu nem fazia ideia ter feito. Foi quando me toquei o que ela realmente esperava que eu fizesse , me soltei do olhar dela dei meio sorriso e disse com o melhor animo que encontrei naquela hora. :
  - Ola!. disse com voz baixa e meio que num sussurro.
  minha mae nao gostou muito e me deu uma cotovelada para que eu falasse melhor. entao me estressei e disse com voz firme a minha mae que ja estava impaciente a me olhar. :
  aff.. mae!   sei que este rapaz nao e surdo e se ele nao ouviu problema nao e meu. fiz cara de brava e sai ate um dos balanços enquanto meu irmão que vira o que aconteceu chegou na minha mae e disse:
 - satisfeita dona  renata? nao acha que ela ter dito oi nao foi o bastante??.. o que esperava que ela fizesse? saltitasse de alegria enquanto dizia ''oi visita misteriosa''?? era isso?? .. vocês mal dão atenção a gente e quando chega um rapaz todo arrumadinho da sociedade voces querem fingir que estamos por dentro de tudo é isso mesmo??.-disse meu irmao alto o bastante para que ate eu ouvisse de onde estava.
  me aproximei dele e o abracei para que se acalmasse. ele me abraçou de volta e me segurou pelos ombros e disse pra completar:
 - acham o que? que minha irma e um brinquedinho que voces apresentam a qualquer um que chegue aqui?
acham mesmo que ela tem de tratar como conhecido alguém que ate apouco era como uma ''surpresa'' ?-disse ele cuspindo a palavra surpresa com repugnância . e complementou :
 - vocês não vão usar minha irma nao vou deixar que façam isso com ela e ainda obriguem ela a fingir estar feliz, pois ela não esta!!-terminou ele afirmativamente e com raiva nos olhos.
 minha mae ao ver a situação sentou-se de vagar a mesa fingindo um passamento . e disse ao meu irmao :
 - ah ..e assim que me agradeces filho ingrato?é assim que voce fala com a sua mae?? cade a educação que te demos? onde estao seus modos?ja sei! foram boas palmadas que te faltaram quando ainda eras um pirralho, ja sei que minha empregada fiel nao te dera as palmadas que eu pedi que desse quando erraste.-disse ela quase num sussurro mesmo assim num tom rígido, seguro e insuportável, que so ela sabia como fazer quando se via acuada com a verdade mesmo que não á aceitasse.
 depois pegou meu irmao pelo raço e disse:
 - agora mocinho voce ira pedir desculpas ao nosso amigo, filho do meu patrão , que gentilmente veio aqui pedir sua irma em noivado e conhece-la..e nada de me desafiar de novo ou te mando para uma escola de boas maneiras de onde voce jamais sairá.-disse ela grotescamente ao meu irmao. depois olhou pra mim e disse:
 - quanto a voce dona sussurros, volta la e pede desculpas ao seu noivo e nem venha me dizer que nao quer,
pois esta tudo arranjado. ele te pedira em noivado e voce dira sim ou sofrera as consequências.!- disse ela afirmativamente e ameaçadoramente pra mim. olhei pra ela chorando, enquanto me aproximava do meu terrível destino. casar aos 17 anos com alguem que nunca vi na vida. E nunca seria capaz de amar!.
  logo ele se levantou do sofa em que mantinha as pernas cruzadas, e veio em minha direção. 
   pegou em minha mao beijou-a de leve e disse:
  - ola bela jovem !, nao sabe quão grande e minha honra de ver algo tao bela e tao...e..doce como voce.
 apesar de parecer meio formal, ele tinha um lado romântico. não sei..talvez galanteador, com uma conquista tao antiga quanto seu jeito de se vestir adequadamente formal. nao que eu nao gostasse! ate que lhe caiu bem. mas naquela situação a unica coisa que eu queria, era sair dali, pois eu ja estava reprimindo minhas lagrimas. mesmo assim como gesto de agradecimento falei com voz meio falahda em meio as lagrimas ocultas : o-obrigada!-dei meio sorriso, pra nao demonstrar minha total falta de vontade de estar ali naquele local onde seria meu  martírio onde eu me sentia preste a ir a forca mesmo com tanto tempo de vida que eu ainda queria ter pela frente. 



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